1. Canto de Entrada:
Bendita
e louvada seja
(Hino popular em louvor à Santa Cruz)
1.
Bendita e louvada seja
No céu a divina luz,
E nós também na terra:
Louvemos à Santa Cruz.
2. Os Anjos no céu contentes,
Louvando estão a Jesus:
Cantemos também na terra
Louvores à Santa Cruz.
3. Aqui bem estamos vendo
Brilhar uma clara luz,
É que estão do céu caindo
Reflexos da Santa Cruz.
4. Já santa doutrina temos
Para nossa guia e luz,
Com o sangue divino escrita
No livro da Santa Cruz.
5. Lá no cimo do Calvário
Morreu nosso bom Jesus
Dando o último suspiro
Nos braços da Santa Cruz.
6. É arma em qualquer perigo,
É raio da eterna luz,
Bandeira vitoriosa,
O santo sinal da Cruz.
2. Acolhida
Pe. Joseph Valmond Richard - c.s.c.
Superior do Distrito dos Padres da Congregação de Santa
Cruz
Irmãos e Irmãs,
Em nome da Congregação de Santa Cruz, agradeço a
disponibilidade do nosso Cardeal Arcebispo Dom Cláudio Hummes que
aceitou o nosso convite e preside hoje esta celebração.
Concelebram também o Monsenhor Tarcísio Loro, que representa
o Bispo da Região Episcopal Lapa, Dom Beni, que se encontra em
Roma, o Pe. André Charron, Provincial de nossa Congregação
no Canadá, Pe. Paulo Grenier, que nos visita e que passou 50 anos
no Brasil, acompanhando toda a história do Colégio.
Com os colegas padres concelebrantes, José Prado, José Bouchard,
Lourenço Roberge, Roberto Grandmaison, Agnelo Filinto, Laudeni
R. Barbosa, Severino Gomes, Jean-Gardy Jean-Pierre, Firto Régis
e a nova geração dos religiosos em formação,
quero saudar com alegria a presença dos religiosos Irmãos
de Santa Cruz, com seu superior Irmão Sérgio Stolf, e das
religiosas Irmãs da Santa Cruz, com sua coordenadora Irmã
Anne Carolina, que partilham conosco o mesmo ideal apostólico do
nosso fundador o Pe. Moreau, assumindo o carisma de educação
na fé.
Ao festejarmos uma obra educacional que nasceu e cresceu com o dinamismo
descrito na parábola da sementinha que se tornou planta viçosa
na qual os passarinhos fazem seus ninhos, lembramos com gratidão
os saudosos Pe. Corbeil, (=2001) fundador desta obra, Pe. Charbonnneau,
(=1987) que zelou com seus talentos pela qualidade da educação
do Colégio Santa Cruz, Pe. Maurício Larivière (=1966)
e Pe. Leo Morin (=1962). Com reconhecimento, celebramos os anos de dedicação
dos padres ainda vivos que foram pioneiros e que deram continuidade a
esta obra. Louvemos a Deus pelos grandes educadores leigos que marcaram
gerações de alunos por sua competência e seu testemunho.
Outros colaboradores, no tempo de sua vida religiosa em Santa Cruz, deram
um precioso serviço ao Colégio; lembramos de Georges Picard,
de Claude Parent, que não puderam atender ao nosso convite. Do
Canadá, estão aqui conosco Gilles Beaulieu, que foi diretor
durante vários anos, e André Roussel, que cooperou na Pastoral.
Orgulha-nos a preciosa participação atual dos Diretores,
professores, funcionários, alunos, pais e ex-alunos que é
a expressão da vitalidade desta nossa obra de educação
católica.
A liturgia da Igreja celebra hoje a festa da Exaltação da
Santa Cruz. Em consonância com o tema desta festa lemos nas constituições
da Congregação de Santa Cruz (C 8): "O Senhor Jesus
nos amou e deu sua vida por nós. Poucos de nós seremos chamados
a morrer como Ele morreu. Contudo, todos devemos dar nossas vidas com
Ele e por Ele. Se formos fiéis ao Evangelho, teremos que tomar
dia a dia nossa cruz e segui-Lo."
3. Introdução
Profª Maria Lúcia Montoro Jens - Diretora do Ensino Médio
1952. Jovens padres dão os primeiros passos para a concretização
de um sonho. Sonho de plantar em terra fértil sementes de educação,
cultivar novos homens e colher uma sociedade transformada. Sonho de construir
canteiros, rodeá-los com novas idéias e inéditos
pensamentos. Sonho de conciliar desafio e incentivo, coragem e humildade.
2002. Passaram-se 50 anos. O terceiro milênio começa com
grandes avanços tecnológicos. A globalização
estende suas garras e transforma o mundo em sua presa. O mercado transforma-se
na mais poderosa instituição e as relações
interpessoais tornam-se quase anônimas devido à informatização
do cotidiano. E o sonho? Como fica o sonho? Diante de tão ríspido
cenário, é difícil conciliar sonho e realidade, o
possível e o ideal. Mas seria esse, agora, motivo para deixarmos
o sonho de lado?
O desafio de abraçar o presente sem trair compromissos do passado
sempre direcionou o trabalho pedagógico, espiritual e psicológico
de nossa equipe. Atento a seu tempo, o Colégio Santa Cruz soube
incorporar os benefícios da modernidade e desenvolver consciência
crítica buscando o resgate da individualidade, a denúncia
das injustiças sociais, a convivência com a diferença
e com a multiplicidade de visões de mundo. Nesta caminhada conjunta,
aprendemos a pegar no colo nossas crianças, transformando-as em
jovens participativos e compromissados, prontos para buscar também
seus próprios sonhos.
Na comemoração de seus 50 anos, o Colégio se orgulha
de receber o carinho e a visita de tantos alunos e ex-alunos, professores
e ex-professores, funcionários e ex-funcionários, pais e
mães que deixaram seus nomes gravados na história do Santa
Cruz. Que esta cerimônia seja uma homenagem e um agradecimento ao
passado, um estímulo para o presente e uma promessa para o futuro.
Que esta cerimônia seja a oportunidade de celebrar esse sonho. O
sonho que aprendemos a tecer juntos e que, se depender de nós,
continuará vivo para sempre.
4. Saudação
Sacerdote: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Sacerdote: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai
e a Comunhão do Espírito
Santo estejam convosco.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
5. Ato Penitencial
S.: Irmãos e irmãs, reconheçamos as nossas culpas
para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
Confessemos os nossos pecados.
T.: Confesso a Deus Todo-Poderoso
e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras, atos e omissões
por minha culpa
minha tão grande culpa,
e peço à Virgem Maria
aos anjos e santos
e a vós, irmãos e irmãs
que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
S.: Deus Todo-Poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os
nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
T.: Amém!
6. Comentarista
O canto do Kyrie Eleison nos ajuda a apresentar a Deus, neste momento,
o nosso pedido de perdão.
7. Canto:
Kyrie eleison da Missa
"O Quam Gloriosum"
Tomás Luís de Victória
(1548-1611)
LETRA:
Kyrie, eleison
Christe, eleison.
Kyrie Eleison
TRADUÇÃO:
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós
S.:
Deus, nosso Pai cheio de amor e de bondade, tenha compaixão de
nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
T.: Amém.
8. Comentarista
Demos graças a Deus pelos 50 anos do Colégio Santa Cruz.
A Deus, em primeiro lugar, toda a nossa gratidão, homenagem e alegria,
através do canto do Glória.
9. Hino de Louvor:
Gloria in excelsis Deo da Missa
"O Quam Gloriosum"
Tomás Luís de Victória
(1548-1611)
LETRA
Gloria in excelsis Deo. Et in terra pax hominibus bonæ voluntatis.
Laudamus Te. Benedicimus Te. Adoramus Te. Glorificamus Te.
Gratias agimus tibi propter magnam gloriam tuam.
Domine Deus, Rex cælestis, Deus Pater omnipotens. Domine Fili unigenite,
Iesu Christe. Domine Deus, Agnus Dei, Filius Patris.
Qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Qui tollis peccata mundi, suscipe deprecationem nostram.
Qui sedes ad dexteram Patris, miserere nobis. Quoniam Tu solus sanctus.
Tu solus dominus. Tu solus altissimus, Iesu Christe.
Cum Sancto Spiritu, in gloria Dei Patris. Amen.
TRADUÇÃO
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.
Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso:
nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos,
nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças por vossa
imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo, só Vós, o Senhor, só
Vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai.
Amém.
10. Oração
S.: Oremos (pausa): Ó Deus, que para salvar a todos dispusestes
que o vosso Filho morresse na Cruz, a nós que conhecemos na terra
este mistério, dai-nos colher no céu os frutos da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
T.: Amém.
11. Liturgia da Palavra
Com.: Nesta leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses vemos
como Cristo, na mais profunda humildade, assumiu e viveu a condição
humana para que nós pudéssemos ser salvos e viver para sempre.
Leitor: Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 2, 6-11)
- Sônia Maria Pereira Barretto - Vice-Diretora do Ensino Fundamental
1
Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez
do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a
si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se
igual aos homens.
Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente
até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou acima de
tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome.
Assim, ao nome de Deus, todo joelho se dobre no céu, na terra e
abaixo da terra, e toda língua proclame: "Jesus Cristo é
o Senhor" - para a glória de Deus Pai. - Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus!
12. Comentarista
Nos 50 anos de sua existência, o Colégio Santa Cruz proclamou
o Evangelho da paz, da educação integral e a boa nova da
fraternidade, da Ação Comunitária e da partilha.
O casal Paulo e Juliene representam neste momento o SAN - Serviço
de Auxílio aos Necessitados - e toda a ação de centenas
de pais que se doam em ações solidárias nas diversas
obras sociais organizadas pelo Colégio. Com alegria, vamos receber
o Evangelho que será proclamado neste jubileu.
13. Entrada do Evangelho:
Hallelujah, Amen Chorus da Obra
"Judas Maccabæus"
Georg Friedrich Händel
(1685-1759)
LETRA
Hallujah! Amen.
Rejoice, oh Judah!
and, in songs divine.
With Cherubim and Seraphim
harmonious join.
Hallujah! Amen.
TRADUÇÃO
Aleluia! Amém.
Alegrai-vos, ó Judas!
E uni-vos aos Querubins e Seraphins
nas harmonias dos cantos divinos.
Aleluia! Amém.
14. Evangelho (Jo 3, 13-17)
Diácono: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
Diácono: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo,
segundo João.
Todos: Glória a vós, Senhor.
Diácono: Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: "Ninguém
subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu,
o Filho do Homem.
Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim
é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que
todos os que nele crerem tenham a vida eterna.
Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para
que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.
De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele." - Palavra da Salvação.
15. Homilia
TRECHOS DA HOMILIA
DE SUA EMINÊNCIA D. CLÁUDIO HUMMES
(...)
50 anos desse admirável e notável empreendimento educativo
que é o Colégio Santa Cruz! Quero saudar a todos muito cordialmente,
aos senhores e às senhoras, mas especialmente aos jovens e às
crianças, em vista de quem esta instituição existe,
e dizer que me sinto feliz de poder celebrar hoje esta Ação
de Graças a Deus por esse Jubileu do Colégio Santa Cruz.
(...)
A palavra "jubileu" nasceu no antigo testamento. Se a semana
de sete dias termina com um dia dedicado ao Senhor, o Sábado, Deus
determinou que, após 49 (sete vezes sete) anos, se celebrasse o
50° como um ano todo consagrado ao Senhor. Era o jubileu! Era o ano
de graças, como o Sábado é o dia de graças.
No jubileu, perdoava-se tudo, libertavam-se escravos e servos... Voltava-se
ao primitivo ideal com que esse povo tinha sido instalado na Terra Prometida,
quando tudo era igualmente repartido e todas as famílias tinham
seu pedaço de terra e sua forma de viver. (...) Voltava-se ao primeiro
amor, ao primeiro projeto. Jubileu, portanto, é isso: voltar ao
primeiro amor, ao primeiro projeto. Claro, atualizado, maduro, mais calejado,
o que vale também para este Colégio. No jubileu deve-se
rever, portanto, a sua história, voltar ao primeiro projeto, ao
primeiro amor, daqueles que aqui iniciaram esse trabalho e perguntar como
estamos realizando esses objetivo dentro de um novo momento histórico.
(...)
Esta é uma instituição que quer educar jovens e crianças
para a vida e para a Igreja. Nós sabemos como isso hoje é
fundamental sobretudo num país como o nosso onde ainda há
uma enorme deficiência de educação. (...) Não
podemos negar que nos últimos anos houve um progresso, mas ainda
há um imenso atraso no Brasil nessa área, que é fundamental
para o desenvolvimento do país. (...) Por isso, devemos valorizar
as escolas, a educação, os educadores, todos que de alguma
forma somam para que esse grande trabalho responda o desafio que o Brasil
e a Igreja tem diante de si, de levar a educação para o
povo.
(...)
Nós já sabemos que toda educação é,
na verdade, um processo de assimilação de cultura. A escola
é um grande laboratório de aculturação, em
que a cultura é passada, repassada, vivida e transformada por novos
elementos que a história traz para dentro desse processo. (...)
Um dos textos da grande Conferência Latino-americana dos Bispos,
de Santo Domingo, dizia isto: "a educação é
assimilação da cultura, e a educação cristã
é a assimilação da cultura cristã". (...)
Como fazer a aculturação do evangelho nessa cultura que
é hoje a de São Paulo, dominante, moderna, pós-moderna,
globalizada, pluralista, fechada ao transcendente? Como fazer a aculturação
do evangelho, que fundamentalmente é uma mensagem também
de transcendência? Como resgatar os grandes valores cristãos
que estão na modernidade, como a questão da liberdade e
da autonomia, fundamental no ensinamento de Jesus Cristo, e que se distorceu
criando uma liberdade individualista que não acode os outros? (...)
Como encarnar o evangelho na cultura moderna e pós-moderna de nossa
tão desigual cidade de São Paulo e do Brasil? Como fazer
a aculturação do evangelho junto a um povo cada vez mais
maduro, adulto, e que portanto não aceita - com razão -
imposições nem mesmo de doutrinas e que deve ser evangelizado,
então, através do diálogo, da convicção
pessoal e não apenas da imposição de doutrinas?
(...)
São grandes desafios para um colégio católico hoje.
A educação cristã não pode restringir-se a
um ensino de doutrina. (...) O cristianismo não é apenas
uma doutrina, é a condução a alguém! Esse
alguém é Jesus Cristo! O Papa dizia aos jovens em Roma,
no Jubileu: "O que vocês vieram buscar aqui"? E logo se
corrigiu: "A quem vocês vieram buscar"? "Vocês
vieram buscar alguém, não o Papa, mas Jesus Cristo"!
Se nós não conseguirmos levar as pessoas a Jesus Cristo,
nossa doutrinação não irá longe. A gente não
morre por uma doutrina mas por uma pessoa. Então, a doutrina dessa
pessoa começa a ter valor, porque passa de forma organizada a mensagem
dessa pessoa que é Jesus Cristo. (...) Se eu tiver envolvimento
com Ele, a doutrina Dele será para mim igual àquele envolvimento
incondicional, embora adulto e racional.
(...)
Santo Domingo, que é recente, depois desse equívoco de muitos
que fecharam seus colégios, diz: "conclamamos os religiosos
e religiosas que abandonaram esse campo tão importante da educação
católica a que se reincorporem a sua tarefa recordando que a opção
preferencial pelos pobres inclui a opção preferencial pelos
meios para que as pessoas saiam de suas misérias". A educação
é um dos meios fundamentais para as pessoas saírem de suas
misérias. Se nós quisermos ser solidários com os
pobres, devemos dar aos pobres escola e educação.
(...)
Cumprimento os padres e membros da Congregação de Santa
Cruz. Apesar de toda uma onda contrária que houve na Igreja em
certo momento, ficaram firmes e acreditando que é necessário
continuar. Está aí o resultado: os ex-alunos estão
celebrando hoje de forma muito especial junto com os padres da Congregação
de Santa Cruz. (...) A todos, parabéns por este dia de hoje e por
essa admirável história.
16. Profissão de Fé
S.: Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da terra.
T.: e em Jesus Cristo / seu único Filho, nosso Senhor / que foi
concebido pelo poder do Espírito Santo / nasceu da Virgem Maria
/ padeceu sob Pôncio Pilatos / foi crucificado / morto e sepultado
/ desceu à mansão dos mortos / ressuscitou ao terceiro dia
/ subiu aos céus / está sentado à direita de Deus
Pai Todo-Poderoso / donde há de vir a julgar os vivos e os mortos
/ Creio no Espírito Santo / na Santa Igreja Católica / na
comunhão dos santos / na remissão dos pecados / na ressurreição
da carne / na vida eterna / Amém.
17. Oração da Assembléia
Sacerdote: Rezemos, irmãos e irmãs, para que, pela Cruz
de Cristo, cheguemos à salvação e que Ele acolha
as preces que nesta celebração serão apresentadas.
Comentarista: Alguns representantes farão as preces em nome de
toda a comunidade escolar, ajudando-nos a apresentar a Deus a nossa oração.
1. Representante dos alunos
Inez Carvalho de Oliveira, 3ª F
Sempre achei difícil falar de coisas especiais, e o Santa Cruz
é especial. É uma responsabilidade enorme representar tanta
gente num dia como hoje, mas aprendi aqui dentro a lidar com responsabilidades.
Uma das maiores virtudes do Santa Cruz é respeitar a nossa individualidade.
Eu percebo bem isso porque sou gêmea. Normalmente é complicado
para as pessoas entenderem que a gente é diferente. O Santa sempre
soube disso.
Olhando por fora, há quem ache que este é apenas mais um
colégio, mas quem se forma aqui sabe que não é apenas
mais um aluno, mas sim um aluno do Santa.
A amizade que aqui nasce e cresce é daquelas que a gente carrega
para a vida inteira: sem dúvida essa é uma das lições
mais importantes que aprendemos.
O conteúdo das matérias é um instrumento de que o
colégio se serve para que saiamos daqui como verdadeiros cidadãos.
Para que todos os alunos aproveitem o que o Santa Cruz pode oferecer e
realmente o concretizem através de sua vivência, rezemos
ao Senhor.
T.: Senhor, escutai a nossa prece.
2. Representante dos ex-alunos
Marcelo Garcez Lobo
Juntamente com outros 59 alunos, cheguei ao Ginásio Santa Cruz,
a escola dos padres canadenses, na Avenida Higienópolis, em um
casarão cedido pela Cúria Metropolitana.
Era a primeira turma. Era tudo diferente; eram padres que não usavam
batina, que jogavam bola com os alunos, que riam, brincavam com todos,
participavam de tudo. Eram inovadores. Hoje, compreendemos que antes de
tudo educavam.
Um colégio de padres àquela época não admitia
meninas, só meninos. Até nisto inovaram; pois quando terminamos
a 4ª serie do Ginásio, não estando ainda prontas as
obras aqui do Alto de Pinheiros, fomos transferidos para o Colégio
Sion, que era só de meninas. Todos nós adoramos.
À frente de todos, o padre Lionel Corbeil; junto com ele, os padres
Gillles Beaulieu, George Picard, Claude Parent, Paul Grenier, José
de Almeida Prado, André Roussel, Gerard Laporte, Paul-Eugène
Charbonneau e tantos outros padres e professores leigos, alguns aqui presentes,
a quem devemos não só nossa formação, mas
a criação e o desenvolvimento desta instituição
de ensino de primeira linha que sempre foi o Colégio Santa Cruz,
do qual tanto nos orgulhamos.
Falo com experiência própria por ter sido aluno de Santa
Cruz, por ter tido filha, sobrinhos e ter hoje netos alunos de Santa Cruz.
Deus permita que o Santa Cruz continue privilegiando a formação
moral e humanitária e o caráter de seus alunos, sendo sempre
moderno, como foram à sua época os padres canadenses, sem
ceder aos modismos e sem nunca abrir mão dos princípios
cristãos, formando homens e mulheres que a seu tempo possam assumir
os destinos da nossa sociedade e da nação que tanto precisa
de nós.
Louvado seja Deus, que nos propiciou a formação que aqui
recebemos.
Por tudo isso, rezemos ao Senhor.
T.: Senhor, escutai a nossa prece.
3. Representante dos Pais
Cecília Ciampolini
Era uma vez um sonho.
Um sonho de melhorar o mundo, construindo pessoas.
Pessoas a quem se desse não apenas informação, mas,
também, formação.
Um lugar em que os valores éticos, o respeito ao próximo
e a consciência social tivessem a mesma importância que a
Física, a Química e a Matemática.
Um lugar para enviar nossos filhos, como prolongamento de nossas casas.
Este sonho é realidade há meio século.
Este lugar existe e se chama Colégio Santa Cruz. Para que o Colégio
continue sempre com esta missão, rezemos ao Senhor.
T.: Senhor, escutai a nossa prece.
4. Representante dos Funcionários
Wagner Pittelkow - Secretário Geral do Colégio Santa
Cruz
Em setembro de 1992, na missa dos 40 anos, tive o privilégio de
representar os funcionários.
Hoje, o privilégio se repete: 50 anos!
Neste cinqüentenário que ora comemoramos, muitos colegas e
amigos por aqui passaram, e também muitos já se foram -
alguns para a Casa do Pai. Imagino um Grande Mural: dele fazendo parte
a obra desses colegas e amigos. Suas "pequenas-grandes" obras,
com suas assinaturas.
Não faltaria a assinatura de nossa funcionária Olídia,
conosco há 38 anos e que nesse momento tomo a liberdade de fazê-la
representante de todos aqueles que aqui trabalham. Não faltariam
as assinaturas de D. Isaura, D. Margarida, Sr. Natalino e muitos outros.
Também aqueles que já deixaram esta vida teriam seus nomes
incrustados nesse mural: sr. Herbert, Sr. Esteves, D. Madalena, Mizael,
Sr. Alceu... é uma pena... mas esta lista é razoavelmente
longa. Dela fazem parte Pe. Corbeil e Pe. Charbonneau.
Que Nossa Senhora de Santa Cruz nos conceda graças especiais, protegendo
e fazendo proliferar os signatários do Grande Mural para que continuem
colaborando na história do Colégio Santa Cruz.
Rezemos ao Senhor.
T.: Senhor, escutai a nossa prece.
5. Representante dos Professores
Prof. Flávio Berthola Facca - Vice-Diretor Geral do Colégio
Santa Cruz.
O Colégio Santa Cruz, ao celebrar 50 anos, chama-nos a um exame
de consciência frente às nossas responsabilidades como educadores.
Convida-nos a sonhar com a pessoa ideal e a traduzir isso em projetos
de mulheres e homens novos.
Convida-nos a empreender, através de atos e gestos concretos, a
solidariedade e o amor ao próximo.
Chama-nos a transformar o cotidiano da escola num lugar onde se gera esperança.
Que Deus faça do Colégio Santa Cruz um lugar de encontro
sempre aberto ao novo, congregando forças para prolongar seu papel
de escola católica, que promove o diálogo cultural e religioso
através da fé, da vida e da cultura, que amplia sempre os
espaços de participação. Que Deus possibilite a todos,
educadores e educandos, assumir sua responsabilidade diante de um mundo
novo, plantada nos valores da justiça, da paz e da solidariedade.
Rezemos ao Senhor.
T.: Senhor, escutai a nossa prece.
6. Gilles Beulieu
50 anos do Colégio Santa Cruz!
Há três anos encontrei o Padre Corbeil em Montreal: estava
bastante doente, imobilizado, não falava mais, mas olhava, entendia
tudo e reagia.
Na ocasião, disse: "Padre Corbeil, você se lembra quando
me ensinou no Colégio? Lembra que foi meu responsável da
Juventude Estudantil Católica? Lembra do acampamento-missão
no lago des Deux-Montagnes? Lembra da mocinha do outro lado do lago?"
E cada vez que dizia: "Você lembra?" PAFT! me dava um
golpe na barriga... E seus olhos riam!
Tudo isso aconteceu há muitos anos, 62 para ser exato, no primeiro
ano da grande guerra. Padre Corbeil começava seu ministério
no Colégio de Saint-Laurent, ensinou-me matemática, cuidou
da Ação Católica, organizou nas férias de
julho um acampamento para os jovens.
Já naqueles anos, descobri um homem fora do comum: muito simples,
franco, sem disfarce, sempre alegre, feliz da vida. Conheci um sacerdote
com fé ardente, um padre cheio de ideal, cheio também de
projetos; aquele que já era tal como todos o estimariam mais tarde.
1940: Padre Corbeil tinha 25 anos; eu, 16.
É claro que me influenciou, claro que marcou minha vida, claro
que resolvi seguir seus passos.
Em 1940, JÁ ESTAVA NAS SUAS BAGAGENS, PARA UM FUTURO COLÉGIO
EM SÃO PAULO.
Sem o Padre Corbeil, não vinha para cá. Nem eu, nem os 15
Padres que acumularam mais tarde com ele 250 anos de experiência
pedagógica, nem os notáveis professores leigos que fundaram
conosco o Colégio, nem os 60 pais que apostaram nele em 1952, na
esperança da melhor educação para seus filhos.
Fiquei 18 anos no Brasil, 15 no Colégio Santa Cruz. Sou fundador,
com Padre Corbeil, de quem aprendi a mesma verdade fundamental: O AMOR
A ESTE PAÍS.
Para que Pe. Corbeil descanse em paz, rezemos ao Senhor.
T.: Senhor, escutai a nossa prece.
7. Representantes dos Padres da Congregação de Santa Cruz
Pe.
Paulo Grenier - c.s.c.
Há 50 anos, os 50 mil m2 que constituem o campus atual do Colégio
Santa Cruz eram uma terra inculta e árida. Ela foi transformada
neste imenso e esplêndido jardim que hoje canta louvores a Deus.
Cada centímetro quadrado foi trabalhado por mãos humanas
e regado pelo suor de centenas de operários. Estacas foram plantadas
para a sustentação dos prédios. Centenas de pequenas
covas abertas para receber mudas de árvores. Campos de esporte
e canteiros de flores foram delimitados. Queremos bendizer a Deus pela
maravilha desta obra, fruto de uma imensa colaboração, e
implorar a sua bênção para cada pessoa que, ao longo
desses 50 anos, a seu modo e no seu lugar, seja como operário,
engenheiro, arquiteto, funcionário, faxineiro, jardineiro, professor,
diretor, padre ou outra forma contribuiu para que milhares de jovens tivessem
condições de preparar-se para a sua missão na construção
de um mundo justo e fraterno.
Por essa intenção, rezemos ao Senhor.
T.: Senhor, escutai a nossa prece.
Pe.
Agnelo Filinto - c.s.c.
A maior riqueza de um país é, certamente, a sua juventude.
Bem preparada, ela pode garantir a força e o futuro da nação.
Pe. Corbeil, de saudosa memória, um grande educador, um visionário,
percebendo, com muita sensibilidade, que a educação era
de suma importância para a formação dos jovens, fundou
o Colégio Santa Cruz precisamente com esse objetivo de educar a
juventude com princípios cristãos de honestidade, autenticidade
e competência, almejando uma formação humanista, plena
e integrada. Em cinco décadas de existência, o Colégio
Santa Cruz já formou milhares de estudantes. Ajudou a fazer, durante
este período, a história da educação moderna
no Brasil. Ao iniciar suas atividades, em 1952, o Colégio foi uma
inovadora resposta aos desafios da educação. O Colégio
Santa Cruz é alma mater; uma mãe que alimenta, uma mãe
que forma o caráter dos seus filhos, uma mãe que ama seus
filhos com muito carinho, uma mãe que está presente nos
destinos dos seus filhos.
Há 50 anos, os 3 padres canadenses, pioneiros da Congregação
de Santa Cruz, largando a sua terra e deixando as suas famílias,
plantaram uma semente. Esta semente germinou, cresceu e hoje é
uma árvore frondosa. Que o Colégio Santa Cruz continue a
crescer sempre e produza muitos frutos, a tal ponto que todos os seus
alunos possam abrigar-se nos seus ramos, ou seja, nos seus valores humanos,
éticos e cristãos, adquiridos no Colégio. Que a diretoria
leiga do Colégio, que assumiu há dez anos, continue, com
o mesmo sucesso e competência, a seguir o carisma da Congregação.
Por isso rezemos ao Senhor.
T.: Senhor, escutai a nossa prece.
Pe.
José Amaral de Almeida Prado - c.s.c.
Neste momento de prece, gostaria de que este folheto da nossa celebração
de hoje fosse como um pergaminho que registrasse para a história
do nosso Colégio o nome de todos os religiosos de Santa Cruz que,
como sacerdotes e educadores, construíram este Colégio física,
moral, religiosa e pedagogicamente. Todos, por um tempo mais dilatado
ou menos, desenharam o perfil inconfundível deste colégio
que, até hoje, apesar de todas as transformações
trazidas por uma época tumultuada como a nossa, conserva ainda
os seus traços de origem e há de conservá-los, adaptando-os
sempre aos novos tempos.
A ordem alfabética na listagem mostrará que todos estão
igualmente em nossos corações.
o
Agnelo Filinto
o André Roussel
o Claude Parent
o Georges Picard
o Gérard Laporte
o Gilles Beulieu
o José Amaral de Almeida Prado
o Laurent Roberge
o Léo Morin
o Lionel Corbeil
o Maurice Larivière
o Paul-Eugène Charbonneau
o Paul Grénier
o Robert Grandmaison
o Roland Jalbert
o Valmond Richard
o Yvon Lafrance
o Yvon Laurence
Por
todos eles, rezemos ao Senhor
T.: Senhor, escutai a nossa prece.
S.: Acolhei, ó Deus, estas preces e tantas outras que hoje vos
fazemos. Abençoai esta comunidade escolar do Colégio Santa
Cruz. Fazei que, na fidelidade e no compromisso evangélico, e contando
sempre com vossa graça continuemos a construir um mundo onde haja
mais paz e fraternidade. Isto vos pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
T.: Amém!
18. Procissão das Ofertas
1. Comentarista
Este é o ofertório dos 50 anos do nosso colégio.
É a oferta do sonho já realizado e do que há de vir.
É a oferta do compromisso com a educação.
Educação Infantil, Ensino Fundamental 1 e 2, Ensino Médio
e Ensino Supletivo apresentarão suas ofertas, que simbolizam neste
momento a contribuição específica de cada etapa na
formação do aluno e os pilares que fundamentam todo o processo
educativo, sempre numa relação de continuidade e articulação
entre as diversas etapas.
2. Educação Infantil
Cristine Conforti - Diretora
"A criança nova que habita onde vivo (...) ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas.
Aponta-me todas as cores que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
A criança nova que habita onde vivo
Dá uma mão a mim
E a outra a tudo o que existe.
E assim vamos os três, pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena." (F. Pessoa)
As
crianças do Pré são as filhas caçulas do Colégio
Santa Cruz. Elas nos oferecem cotidianamente sua alegria, claridade, inocência.
Nós lhes oferecemos educação e amor. Nós lhes
ensinamos a crescer, e elas nos ensinam o encantamento pela vida, elas
nos ensinam a capacidade de admirar-se com cada coisa que existe, elas
nos ensinam a felicidade de descobrir algo novo a cada instante. Hoje,
neste ofertório, as crianças do Pré vêm agradecer
a Deus pela beleza de tudo e ofertar com sua presença iluminada
a poesia delicada e eterna da infância.
3. Ensino Fundamental 1
Cristine Conforti - Diretora
As crianças do Fundamental 1, aqui representadas por dois alunos
de cada série, guardam em seus corações um segredo
aprendido nos jardins, nas salas de aula, nos livros, trabalhos e brincadeiras
cotidianas do Colégio Santa Cruz. É o segredo de como se
aprende a amar, a conviver, a ser amigo, a respeitar e considerar cada
pessoa como um ser especial, abençoado, capaz, com direito a ser
feliz, a viver em paz, a ser ouvido, a ser amado.
A amizade fala através de palavras doces, de gestos de afeto, de
compromisso. Hoje, nesta Missa, os alunos do Fundamental 1 agradecem a
Deus ter descoberto o dom sagrado da amizade. E neste momento eles oferecem
a imagem do convívio como um presente, um tesouro que pertence
a todos e que eles nos ensinam a preservar e dividir.
4. Ensino Fundamental 2
Sylvio de Lima Nepomuceno - Diretor
Aceite, Senhor, esta oferta do Ensino Fundamental 2, já que nela
depositamos nossas intenções de competência e solidariedade.
A competência para nos comunicarmos, pela palavra escrita ou falada,
pelas artes visuais, pela música, ou por qualquer outro recurso;
mas a queremos para reconfortar a todos, acolher o rejeitado, expressar
a coragem de optar pelas vítimas do preconceito e da intolerância,
produzir paz.
A competência nas ciências exatas, da natureza e humanas;
mas a queremos para melhor repartir a abundância, administrar a
escassez e obter a justiça.
A competência para resolver problemas; mas a queremos para saldar
nossa dívida com os que nos seguirão: a terra melhor, provedora,
limpa e preservada.
5. Ensino Médio
Fábio Luiz Marinho Aidar Jr. - Vice-Diretor Geral do Colégio
Nós, educadores do Ensino Médio, oferecemos hoje os valores
que centram nosso trabalho pedagógico: "consciência
crítica" e "liberdade progressiva". Foi um grande
desafio expressá-los em algo concreto e nossa escolha recaiu sobre
a Harpia, nosso condor brasileiro. Ave com impressionante acuidade visual,
voa sempre alto, descortinando cautelosamente o horizonte, em busca de
oportunidades que lhe garantam sua sobrevivência; ninhos altos servem
de abrigo e proteção, até que os filhos estejam maduros
para seus primeiros vôos.
Assim como a jovem harpia, nosso adolescente também é lançado
de seu ninho para iniciar um novo aprendizado, nem sempre fácil
e indolor. O Colégio Santa Cruz preocupa-se com o desenvolvimento
de uma consciência crítica que o liberte do aprisionamento
do lugar-comum. Nesse processo, o jovem vai adquirindo liberdade para
que, com responsabilidade e competência, possa encontrar um caminho
e lançar-se em vôos cada vez mais autônomos em busca
de ideais, sonhos e utopias.
6. Ensino Supletivo
Orlando Joia - Diretor
Desde 1974, o Colégio Santa Cruz vem oferecendo oportunidade de
educação também a jovens e adultos.
Esses alunos, adultos e trabalhadores, vindos de todo o Brasil, vêm
aqui em busca da educação básica que não puderam
usufruir na infância e adolescência.
Nos 50 anos do Colégio, ofertamos um símbolo do trabalho
dos nossos alunos. Trabalho de conhecimento, em favor de uma vida melhor.
19. Canto de Ofertório
Ave Maria
Franz Schubert
(1797-1828)
LETRA
Ave Maria gratia plena,
Dominus tecum,
benedicta tu in mulieribus
et benedictus fructus ventris tui, Iesus.
Sancta Maria, Mater Dei,
ora pro nobis peccatoribus nunc
et in hora mortis nostræ.
Amen.
TRADUÇÃO
Ave Maria, cheia de graça,
o Senhor é conVosco,
bendita sois Vós entre as mulheres
e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós pecadores
agora e na hora de nossa morte.
Amém.
20. Orai, irmãos
S.: Orai, irmãos e irmãs, para que o nosso sacrifício
seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso.
T.: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para
glória de seu nome, para nosso bem e de toda a Santa Igreja.
21. Oração Eucarística II
Cel.: O Senhor esteja convosco!
Todos: Ele está no meio de nós!
Cel.: Corações ao alto!
Todos: O nosso coração está em Deus.
Cel.: Demos graças ao Senhor, nosso Deus!
Todos: É nosso dever e nossa salvação.
Cel.: É justo e nos faz todos ser mais santos louvar a Vós,
ó Pai, no mundo inteiro, de dia e de noite, agradecendo com Cristo,
Vosso Filho, nosso irmão. É Ele o sacerdote verdadeiro que
sempre se oferece por nós todos, mandando que se faça a
mesma coisa que fez naquela ceia derradeira.
Por isso, aqui estamos bem unidos, louvando e agradecendo com alegria,
juntando nossa voz à voz dos santos todos, para cantar:
Sanctus da Missa "O Quam Gloriosum"
Tomás Luís de Victória (1548-1611)
LETRA
Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus, Deus Sabaoth.
Pleni sunt cæli et terra glória tua.
Hosanna in excelsis.
Benedictus, qui venit in nomine Domini.
Hosanna in excelsis.
TRADUÇÃO
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos!
O céu e a terra estão cheios de vossa glória.
Hosana nas alturas!
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Hosana nas alturas.
Na verdade, ó Pai, Vós sois santo e fonte de toda santidade.
Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre elas o vosso Espírito,
afim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo,
Vosso Filho e Senhor Nosso.
Todos: Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Cel.: Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão,
Ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos,
dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO QUE SERÁ ENTREGUE
POR VÓS.
Do mesmo modo, ao fim da ceia, Ele tomou o cálice em suas mãos,
deu graças novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O
SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR
VÓS E POR TODOS, PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM
MEMÓRIA DE MIM.
Eis o mistério da fé!
Todos: Salvador do mundo, salvai-nos, Vós que nos libertastes pela
Cruz e Ressurreição.
Cel.: Celebrando, pois, a memória da morte e Ressurreição
do Vosso Filho, nós Vos oferecemos, ó Pai, o pão
da vida e o cálice da salvação; e Vos agradecemos
porque nos tornastes dignos de estar aqui na Vossa presença e Vos
servir.
Todos: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Cel.: E nós Vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue
de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.
Lembrai-Vos, ó Pai, da Vossa Igreja que se faz presente pelo mundo
inteiro: que ela cresça na caridade, com o papa João Paulo,
com o nosso Arcebispo Cláudio, e Bispo Auxiliar Beni e todos os
ministros do Vosso povo.
Todos: Lembrai-Vos, ó Pai, da Vossa Igreja!
Cel.: Lembrai-Vos também dos nossos irmãos e irmãs
que morreram na esperança da ressurreição, e de todos
os que partiram desta vida. Lembrai-Vos especialmente do Pe. Corbeil,
do Pe. Charbonneau e de todos os padres, professores, alunos, funcionários
e pais já falecidos.
Todos: Lembrai-vos, ó Pai, dos Vossos filhos!
Cel.: Enfim, nós Vos pedimos, tende piedade de todos nós
e dai-nos participar da vida eterna com a Virgem Maria, mãe de
Deus, com os santos Apóstolos e todos os que neste mundo Vos serviram,
a fim de Vos louvarmos e glorificarmos. Por Jesus Cristo, Vosso Filho.
Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai Todo-Poderoso,
na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória,
agora e para sempre.
Todos: Amém.
22. Pai Nosso
S.: Obedientes à palavra do Senhor e orientados por seu divino
ensinamento, ousamos dizer:
T.: Pai Nosso...
S: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa
paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do
pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança,
aguardamos a vinda do Cristo Salvador.
T.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
S.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: Eu vos
deixo a paz, Eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados,
mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo,
a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito
Santo.
T.: Amém!
S.: A paz do Senhor esteja sempre convosco!
T.: O amor de Cristo nos uniu!
23. Canto
Agnus da Missa "O Quam Gloriosum"
Tomás Luís de Victória (1548-1611)
LETRA
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi: miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi: miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi: dona nobis pacem.
TRADUÇÃO
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
S.: Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo!
T.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas
dizei uma palavra e serei salvo!
24. Cantos de Comunhão
Ave Verum Corpus
Wolfgang Amadeus Mozart
(1756-1791)
LETRA
Ave verum corpus, natum de Maria Virgine,
Vere passum, immolatum in cruce pro homine:
Cuius latus perforatum, unda fluxit sanguine.
Esto nobis prægustatum in mortis, examine.
TRADUÇÃO
Ave, corpo verdadeiro, da Virgem Maria
nascido que pelo homem padeceu e foi imolado na cruz.
De seu lado trespassado fluiu água e sangue.
Oxalá nós o bebamos na hora da nossa morte.
Panis
Angelicus
César Franck
(1822-1880)
LETRA
Panis angelicus,
fit panis hominum dat panis cælicus figuris terminum.
O res mirabilis manducat Dominum pauper servus et humilis.
TRADUÇÃO
O pão dos Anjos
torna-se pão dos homens e dá fim aos velhos símbolos
e figuras.
Coisa para admirar realmente, que os escravos e os pobres
comam a carne do seu Senhor.
Die
Seele Christi
Heinrich Schütz
(1585-1672)
LETRA
Anima Christi, Sanctifica me.
Corpus Christi, salva me.
Sanguis Christi, inebria me.
Aqua lateris Christi, lava me.
Passio Christi, conforta me.
O bone Jesu, exaudi me.
Intra tua vulnera absconde me.
Ne permittas me separari ad Te.
Ab hoste maligno defende me.
In hora mortis meae voca me.
Et iube me venire ad Te,
Ut cum Sanctis tuis laudem Te,
in saecula saeculorum.
Amen.
TRADUÇÃO
Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de Vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que de Vós me separe jamais.
Da malícia do inimigo defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós,
para que Vos louve com todos os Santos,
pelos séculos dos séculos.
Amém.
25. Ação de Graças
Palavra
do Pe. André Charron, c.s.c - Superior da Província Canadense
dos Padres de Santa Cruz
Eminentíssimo Sr. Cardeal Dom Cláudio Hummes, Arcebispo
de São Paulo,
Reverendíssimo Pe. Valmond Richard, Superior do Distrito dos Padres
de Santa Cruz,
Ilustríssimo Sr. Luiz Eduardo Cerqueira Magalhães, Diretor
Geral.
Senhores padres, professores, funcionários, pais, alunos e ex-alunos,
O Colégio Santa Cruz foi fundado há 50 anos pela Congregação
de Santa Cruz. O seu nome, de Santa Cruz, vem das suas origens: desde
o início, e ainda hoje, é uma obra dos religiosos padres
de Santa Cruz.
Essa comunidade religiosa, que nasceu na França em meados do século
XIX, tornou-se uma comunidade internacional espalhada em 17 países.
Foi pelos Padres vindos do Canadá francês que ela se implantou
no Brasil. A folha do bordo, símbolo do Colégio, guarda
a lembrança dessa filiação de origem. Três
religiosos, padres canadenses, chegaram a São Paulo no início
de janeiro de 1944, a convite do Arcebispo de São Paulo, Dom José
Gaspar de Affonseca e Silva. Vinham para servir a Igreja local de São
Paulo e responder, segundo as suas possibilidades, às necessidades
e demandas das autoridades dessa Igreja.
Foi assim que, alguns anos mais tarde, diante do aumento no número
de religiosos, puderam aceitar o pedido do Cardeal Dom Carlos Carmelo
de Vasconcelos Motta, Arcebispo de São Paulo, de fundar, em 1952,
o Ginásio Santa Cruz, que se tornaria mais tarde o Colégio
Santa Cruz. O Cardeal Motta os apoiou fortemente e cedeu gratuitamente
um imóvel, próprio da Diocese, situado à Avenida
Higienópolis, nº 890, onde o Colégio funcionou durante
cinco anos, de 1952 a 1956. O fundador foi o Pe. Lionel Corbeil, ajudado
pelos co-fundadores, Gilles Beaulieu e Georges Picard. Não tardou
muito para receberem um terreno de 50 mil metros quadrados no Alto de
Pinheiros da companhia canadense Light and Power, sucursal de Brazilian
Traction; de tal modo que, em 1957, quatro pavilhões já
estavam construídos para que o Colégio pudesse funcionar
neste vasto campus. Desde então, o Colégio nunca cessou
de desenvolver-se no plano físico e no plano do seu projeto educativo.
A Congregação de Santa Cruz tem uma longa e larga experiência
na educação da juventude. O seu fundador, o Pe. Basile Moreau,
dotou-a de um particular carisma. Queria que os seus religiosos fossem
criativos, audaciosos e proféticos na resposta às necessidades
da sociedade e da Igreja do seu tempo. Teriam de ser educadores em diferentes
áreas, através do trabalho de formação cristã,
para oferecer uma educação integral da personalidade que
preparasse as gerações jovens a uma cidadania responsável,
como bons operários da cidade terrestre, bem no coração
dos desafios de uma sociedade em transformação. Os fundadores
e os colaboradores do Colégio Santa Cruz beberam dessa tradição
educacional a sua sensibilidade às necessidades da sociedade brasileira,
ou seja, a formação integral dos jovens por meio da organização
acadêmica, do contato direto com os alunos, da abertura de espírito,
do engajamento evangélico em vista de uma sociedade mais justa
e da vocação dos leigos ao seu papel de cidadãos.
O Pe. Corbeil fundou o Colégio Santa Cruz, segundo as suas próprias
palavras, que eu cito, "para responder a uma necessidade da época,
que ainda hoje persiste: a formação de uma elite intelectual,
de líderes cristãos que são e serão responsáveis
pela evolução do país nos planos político,
social, econômico e religioso." Encontrei nos meus arquivos
uma carta do Sr. André Franco Montoro, então governador
do Estado de São Paulo, que dá em francês para o embaixador
do Canadá no dia 4 de junho de 1984 um testemunho fora do comum
sobre o seu apreço pelo Colégio e sobre a qualidade da presença
dos seus ex-alunos no setor público. Cito-lhes um trecho. "O
Colégio Santa Cruz tornou-se um dos centros de cultura e de educação
dos mais dinâmicos e dos mais ativos entre todos. Desde agora podemos
perceber no nosso governo a qualidade da formação daqueles
que dele saíram. Muitos dos nossos colaboradores diretos são
ex-alunos. Nos primeiro e segundo escalões da nossa administração,
eles demonstram competência, espírito público e uma
vitalidade política que causam admiração em todo
o nosso povo. [...] O Colégio Santa Cruz foi fundado para preparar
jovens que assumiriam os postos dos mais velhos no plano político
e social, garantindo-nos, além da notória competência,
uma equipe de jovens cristãos que lutaria pela implantação
de um reino de justiça segundo o espírito evangélico.
Eles fazem assim a revolução de que carecíamos, sem
pactuar em nada e nunca com os que não respeitam esse espírito
e que poderiam ocupar o vazio, se vazio houvesse. Graças ao longo
e admirável trabalho do Colégio Santa Cruz, esse vazio não
existe para a nossa grande alegria e para o maior bem do nosso povo."
Todos os padres do Colégio Santa Cruz deixaram a sua marca. Eu
me permitiria, todavia, sublinhar a contribuição particular
do Pe. Paul-Eugène Charbonneau na área da educação,
do Pe. Claude Parent na pastoral e como fundador do SAN e do Pe. Paul
Grénier na área administrativa e no momento crucial da transição
para a Direção leiga. Os professores, os educadores, os
diretores sempre colaboraram estreitamente com a missão educativa
de Santa Cruz. Importa mencionar a fidelidade do corpo de funcionários
de todos os níveis, cuja prova é a sua longa permanência
no Colégio. Desde os pais das primeiras famílias que acolheram
o projeto educativo que lhes foi proposto, os pais de outrora e os de
hoje nunca deixaram de oferecer a sua colaboração às
atividades da instituição. Aos milhares de ex-alunos que
fizeram a boa reputação do Colégio, nosso muito obrigado.
Os alunos atuais, os beneficiados de hoje, aqui encontram tudo de que
precisam para poderem também eles construir a sua própria
personalidade, o seu saber, os seus valores, o seu futuro e o do país.
A Direção Geral leiga, composta pelos Senhores Luiz Eduardo
Cerqueira Magalhães, Flávio Berthola Facca e Fábio
Luiz Marinho Aidar Jr., assumiu seriamente a sua função,
seguindo a mesma inspiração da tradição educativa
de Santa Cruz. Esse processo de substituição institucional
pelos leigos logrou aqui inteiro êxito e agrada-me citá-lo
sempre como exemplo para as nossas outras instituições escolares
nesse vasto mundo. Com o Conselho Administrativo e o seu presidente, o
Pe. José Prado, a direção atual prossegue na busca
da excelência que sempre foi a marca do Colégio. Tudo é
mobilizado para adaptar constantemente o projeto educativo às exigências
da educação num mundo em rápida mutação,
para contextualizar o ensino, enriquecer-lhe o cunho multidisciplinar,
bem como alimentar a concepção de uma educação
humanista, integral e crítica.
Um espaço importante é consagrado ao ensino religioso e
às atividades pastorais. Assisti no ano passado às apresentações
dos responsáveis pelo ensino religioso nos diversos níveis
e fiquei deveras impressionado pelo seu profissionalismo, convicção
e pela pertinência das abordagens pedagógicas. Há
um grande esforço para conciliar a dimensão ecumênica
do ensino religioso e a dimensão propriamente cristã da
catequese. Num mundo em que tudo é experimentado como frágil,
efêmero e transitório, a necessidade de se crer numa transcendência
pessoal estável, no Deus de Jesus Cristo, na mensagem consistente
que Ele propõe para a formação da personalidade e
para o projeto humano, deve ser despertada no jovem, cultivada, alimentada
e vivida em experiências que integrem o ato de fé, as opções
de vida e as ações de engajamento, de relações
interpessoais e de serviço comunitário.
Uma disciplina sobre ética e cidadania prolonga-se em numerosos
estágios, com projetos humanitários e ambientais na cidade
e em rincões isolados. Dois outros florões das atividades
do Colégio estão na linha da ação social,
da promoção da justiça e da solidariedade com os
pobres. O SAN, Serviço de Auxílio aos Necessitados, opera,
entre outras atividades, nas favelas de Jaguaré com a implicação
da comunidade escolar de alunos, educadores e mesmo das famílias.
O renomado Curso Supletivo noturno oferece desde 1974 a trabalhadores,
jovens e adultos, acesso ao curso fundamental e médio para que
possam recuperar a sua dignidade, credibilidade, habilidades e para que
possam melhorar a sua condição social e perspectivas de
emprego. O Colégio é, pois, um pioneiro da conscientização
social. Tornou-se um modelo, um paradigma, um ponto de referência,
no plano nacional, para a concepção de uma educação
integral, de modo geral, e para a apropriação de projetos
sociais no processo educativo, de modo particular.
O Colégio Santa Cruz é privilegiado. É bem administrado
e dispõe de meios para atuar. Mas não guarda só para
si as suas vantagens, sabe fazer com que outros delas tirem proveito,
em virtude da sua visibilidade social em todas as classes. Tem ainda capacidade
para desenvolver novos serviços, como o do novo teatro, que há
de beneficiar o setor das artes e da expressão, e outros projetos
de expansão que não me cabe por hora comentar.
Os senhores têm sobejas razões para se orgulhar do Colégio.
A Congregação de Santa Cruz alegra-se com os senhores por
tudo que se faz aqui, agradece-lhes a colaboração e dá
graças a Deus pelo talento, trabalho, generosidade que Ele colocou
no coração dos homens e mulheres deste lugar que conseguem
produzir coisas tão belas e tão grandes. Longa vida ao Colégio
e a todos os seus artesãos!
Palavra do Prof. Luiz Eduardo Cerqueira Magalhães
Diretor Geral do Colégio Santa Cruz
É
com alegria comovida que agradeço a presença prestigiosa
do Eminentíssimo D. Cláudio Hummes, Cardeal Arcebispo de
São Paulo, bem como sua sábia e pertinente Homilia; a presença
do Reverendíssimo Monsenhor Tarsício Louro, representando
o Bispo da região Episcopal do Papa; do Reverendíssimo Senhor
Pe. André Charron, Superior Provincial da Congregação
de Santa Cruz no Canadá, bem como seu histórico discurso;
do Reverendíssimo Pe. Joseph Valmond Richard, Superior de Distrito
dos Padres da Congregação de Santa Cruz no Brasil; dos Reverendíssimos
Padres celebrantes; do Dr. José Eduardo Bicudo, aqui representando
seu pai, Dr. Hélio Bicudo, Vice-Prefeito de São Paulo, bem
como a prefeita da cidade Sra. Marta Suplicy. Agradeço a presença
das demais autoridades, dos Senhores diretores, professores, educadores,
funcionários do Colégio Santa Cruz, pais, alunos e familiares,
ex-professores, ex-funcionários, dos nossos amigos, de todos.
Esta
solenidade concretiza a idéia de uma comunidade do Colégio
Santa Cruz. Aqui estão representantes de várias gerações
de alunos e pais, de funcionários e professores de diferentes épocas,
de amigos recentes e de muitos anos. Aqui estão os membros da Congregação
de Santa Cruz que, de perto ou de longe, testemunham nossa história.
Conosco também se encontram o Pe. Lionel Corbeil e o Pe. Paul-Eugène
Charbonneau: eles permanecem em memória, em espírito, afeto,
saudade e gratidão.
Prezados
Senhores,
Rememorar
é trazer de volta o que um dia aprendemos e guardamos. Recordar
ainda é mais: é descobrir nas dobras de nossas emoções
adormecidas a experiência que faz o coração bater
de novo. Recordar é recuperar nossa vida através do coração.
Comemorar é recordar o passado coletivamente, brindando a alegria
e o reencontro múltiplo. Comemorar torna possível visitar
o passado à luz do presente, reinaugurar a tradição,
abrindo-a para o futuro.
Por
que gostamos de comemorar? Por que recontar a história a partir
de um dia especial, que marca um começo, um recomeço ou
um fim? Precisamos comemorar para trazer à vida o que pode se perder,
porque nos sabemos mortais, precários e desconhecemos o porvir.
Precisamos lembrar sempre, para nos unir a nossos semelhantes, para compreender-nos,
confirmar o sentido de existir, crer, sonhar, fazer.
Estamos
em festa pelo Colégio Santa Cruz, por sua história e obra
- ambas em processo. Estamos recolhendo o tempo, os eventos, as pessoas
que foram se espalhando em registros fragmentados e organizando-os nos
arquivos da memória coletiva.
Os
eventos destinados a lembrar essa data representam tal síntese.
O pavilhão instalado nas quadras de tênis, cujas portas sinalizam,
respectivamente, a fachada da Higienópolis e a imagem frontal do
campus do Alto de Pinheiros, eleva-se em "paredes" compostas
de milhares de fotos e nomes de todos os que participaram e participam
da história do Colégio. Tais fotos e nomes são combinados
de forma a superpor os anos e as gerações sem linearidade,
como se os tempos da escola pudessem relativizar-se e tornar-se simultâneos.
Antigo e recente são faces complementares da mesma existência,
e apenas a cor esmaecida de algumas imagens sugere o peso dos anos. Dentro
da instalação, são gestados e acolhidos os traços,
cores e formas dos alunos de hoje, 2002.
O
diálogo entre tradição e inovação consolida
projetos e faz nascer outros. Reformas físicas, experimentações
pedagógicas, recursos tecnológicos, formação
contínua do educador, ampliação curricular, novos
cursos. O que houve nesses 50 anos nos empresta o chão de que necessitamos
para continuar a história e a obra, de onde podemos partir para
outros vôos.
O
Teatro do Colégio Santa Cruz, que estamos inaugurando, é
igualmente um monumento ao sonho de muitos, acalentado por longo tempo,
como espaço de arte e cultura complementar à nossa educação
humanista.
De
mãos dadas com o presente, os próximos anos já nos
sorriem plenos de outras intenções. Neste momento, tenho
o prazer de anunciar a construção de uma nova unidade do
Colégio Santa Cruz. O projeto da nova escola está sendo
criteriosamente desenvolvido, inspirado nos mesmos princípios que
nortearam esses 50 anos. A unidade 2 oferecerá educação
em período integral e formação bilingüe, ressaltando-se
que a língua portuguesa e a cultura brasileira - conhecimentos
dos quais não podemos abrir mão pois constituem nossa própria
identidade - serão acompanhados do aprendizado concomitante do
inglês (instrumento essencial para a comunicação internacional
em nossos dias). A nova escola será instalada em terreno contíguo
ao campus da Universidade de São Paulo.
De
fato, não é possível deter o movimento, o pensamento,
o sonho. Entretanto, releve-se que tal dinamismo pressupõe a necessidade
de conciliar propostas por vezes contraditórias. Isso porque a
educação é conservativa (tem função
de resgate cultural e de preservação da história
do conhecimento), mas necessita também enfocar o que está
em processo e por vir. Não se vislumbra nunca o futuro, o final,
ou o ponto de chegada, embora se reafirmem a cada dia seus objetivos e
o caminho escolhido para atingi-los.
A tarefa do educador é, por isso mesmo, um tanto messiânica.
Confia-se, não obstante a dúvida; alegra-se, em meio a tempos
sombrios; estendem-se as mãos, apesar do medo; reinventam-se harmonias,
mesmo que ao som de dissonâncias e ruídos.
Educação
é amor e obstinação. Longa vida ao Colégio
Santa Cruz!
26. Canto
Hallelujah Chorus da obra "The Messiah"
Georg Friedrich Händel
(1685-1759)
(Apocalipse 19,6; 11,15; 19,16)
LETRA
Hallelujah,
for the Lord God Omnipotent reigneth, Hallelujah!
The Kingdom of this world is become
the Kingdom of our Lord,
and of His Christ;
and He shall reign for ever and ever, Hallelujah!
King of Kings, and Lord of Lords,
and He shall reign for ever and ever,
Hallelujah!
TRADUÇÃO
Aleluia!
Pois o Senhor Onipotente reina. Aleluia!
O reino deste mundo já passou a ser
de nosso Senhor e de seu Cristo.
E Ele reinará para sempre e sempre! Aleluia!
Rei dos reis e grande Senhor!
E Ele reinará para sempre e sempre!
Aleluia!
27. Oração
S.: Senhor Jesus Cristo, alimentados em Vossa santa ceia, nós Vos
pedimos leveis à glória da ressurreição os
que salvastes pela árvore da cruz que nos trouxe a vida. Vós
que viveis e reinais na unidade do Espírito Santo.
T.: Amém!
S.: A nossa proteção está no nome do Senhor.
T.: Que fez o céu e a terra.
S.: O Senhor esteja convosco.
T.: Ele está no meio de nós.
S.: Abençoe-vos Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito
Santo.
T.: Amém.
S.: Levai a todos a fé e a esperança! Ide em paz e o Senhor
vos acompanhe.
T.: Graças a Deus.
Participação
do Coral dos Arautos do Evangelho.
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