SUPERSTIÇÕES

Você acredita nelas?

Você já ouviu falar que gato preto, assim como passar debaixo da escada, traz azar? Ou que possuir um trevo de quatro folhas ou um pé de coelho dá sorte? Essas são algumas das muitas superstições que existem.

Quase todas as pessoas são supersticiosas, mesmo sem saber. Uma pessoa que acredita em boa ou má sorte já é considerada supersticiosa.

Não se sabe ao certo como as superstições começaram a influenciar a vida do homem. Mas acredita-se que elas surgiram há muito tempo, nas regiões da Babilônia, Egito, Grécia e Roma.

A superstição que diz que o número treze dá azar, tem várias origens e uma delas vem da península Escandinávia, onde se situam a Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia. Ela diz que na morada de seus deuses, chamada Valhalla, houve um banquete para doze convidados. Loki, o deus do mal e da discórdia, apareceu no jantar sem ser chamado, aconteceu uma briga e um dos deuses morreu. Assim nasceu a superstição de que treze pessoas sentadas ao redor de uma mesa traz mau agouro.

Algumas pessoas acreditam que quebrar um espelho provoca sete anos de azar. Essa crença existe há muitos anos, desde o tempo em que se acreditava que a imagem de uma pessoa numa pintura ou num reflexo era parte dela, e qualquer coisa que acontecesse com tal imagem ocorreria também com a pessoa. Portanto, quebrar um espelho seria o mesmo que “quebrar” a si próprio.

A palavra superstição vem do latim supersestitio, que significa fanatismo, culto em vão, religião falsa. Para algumas religiões, praticar superstições era algo completamente errado.

Já o dicionário de Língua Portuguesa Aurélio define superstição da seguinte maneira:

1. Sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância, e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes; crendices.

2. Crença em presságios tirados de fatos puramente fortuitos.

3. Apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa.


Qual é a diferença entre rituais, crenças e suprstições?

Muitas pessoas confundem superstições com rituais religiosos. Considerar a vaca um animal sagrado, como fazem os hindus, não é o mesmo que acreditar que um pé de coelho e uma ferradura com sete furos trazem sorte. No primeiro caso, trata-se de uma crença com base na religião hindu e os outros exemplos são de superstições, rituais que não têm base religiosa nem científica.

Outra confusão que é feita é chamar superstições de crendices ou vice-versa. Veja a diferença entre elas: virar a vassoura atrás da porta para a visita ir embora (crendice) e acreditar que o gato preto dá azar (supertição). O segundo exemplo é uma superstição porque envolve o medo do azar. Podemos simplificar a diferença pensando assim: tudo que você teme e acredita é superstição, e tudo que você só acredita, sem medo, é uma crendice.

Apesar de algumas pessoas julgarem as superstições muito importantes em suas vidas, nunca foi provado cientificamente um acontecimento em que praticar uma superstição mudou o rumo de alguma coisa. Mesmo sendo uma base forte que faz parte da crença de grande parte da população, há aqueles que só vivem sobre fatos comprovados e desmentem todo esse mundo de uma maneira simples, dizendo: ”Prove”. Já existem relatos de pessoas que dizem que tiveram uma situação alterada pelas superstições, mas isso ainda é pouco. Esperemos até que algum grupo de cientistas se interesse pelo assunto e finalmente acabe com a dúvida.

As superstições são universais, portanto a palavra sorte existe em vários idiomas:

=>Árabe: huz

=>Turco: talih

=>Alemão: glück

=>Francês: chance

=>Italiano: fortuna

=>Inglês: luck

=>Espanhol: suerte

 

Sinais do corpo

=> Orelha direita quente ou vermelha: alguém está falando bem de você.

=> Orelha esquerda quente ou vermelha: alguém está falando mal de você. Para esta pessoa morder a própria língua, você deve morder seu dedinho esquerdo.

=> Formigamento no dedão do pé: vai esfriar.

=> Ficar vesgo de repente: vai chover.

=> Coceira no nariz: o sol vai aparecer.

=> Mão direita coçando: visita de um desconhecido.

=> Mão esquerda coçando: sinal de dinheiro.

=> Cabelo arrepiado: morte de um conhecido.

Os amuletos

Trevo-de-quatro-folhas: Por ser muito difícil de encontrar uma folha desta planta que possua quatro folhas. Devido ao fato de a planta apresentar comumente apenas três folhas, a pessoa que encontra um trevo de quatro folhas, deve utilizá-lo como amuleto de sorte. Costuma-se colocá-lo dentro de bolsas ou carteiras junto a cédulas de dinheiro, para atrair mais.

Patuá: É um amuleto muito utilizado por pessoas ligadas ao Candomblé e é feito de um pequeno pedaço de tecido na cor correspondente ao Orixá, ao qual é bordado o nome dele e colocado um determinado preparo de ervas e outras substâncias atribuídas àquele Orixá. A pessoa utiliza o Patuá específico do seu Orixá no bolso de sua vestimenta, dentro de carteiras de cédulas, bolsas para obter proteção e sorte de seu Orixá.

Fitinhas de Santos: As fitinhas de santos são bastante utilizadas principalmente no Brasil por ser um país com grande número de pessoas católicas. A fitinha é uma particularidade entre outros tipos de amuletos, pois é utilizada também como forma de corrente religiosa entre um pedido feito a determinado santo, e a sua proteção e ajuda na realização do mesmo. Segundo a cultura popular, a fitinha, que pode ser de diversas cores, é amarrada ao pulso três vezes fazendo-se o pedido e deixando-a presa até se partir sozinha, sendo um sinal que o pedido será realizado. Atualmente ela também é utilizada em diversos locais para atrair proteção, como em automóveis, residências, bolsas, bolso etc.

Pata de coelho: É uma pata de coelho empalhada e utilizada de várias maneiras. A pata do animal é atribuída ao poder de atrair muita riqueza e sorte em tudo relacionado ao dinheiro.

Ferradura: É um dos amuletos mais utilizados na zona rural. A ferradura de animais como o cavalo, é colocada presa atrás da porta principal da casa, segundo a tradição popular, para afastar espíritos maus das residências das pessoas. Sua utilização no Brasil veio por intermédio dos europeus, que já tinham costume de utilizar a ferradura e passaram a utilizá-la também no Brasil.

 

 

FONTES: Almanaque da Mônica nº4 da Panini; www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/; www.facom.ufba.br; www.facom.ufba.br; www.paralerepensar.com; www.clicrbs.com.br; www.paginadogaucho.com.br; www.wikipedia.com


Fabiana Velloso, Maria Victoria Santos, Marina Rosa e Paolla Daud – 4ªD